Comissão aprova distritão; PT e outros partidos são contra

A Comissão da Câmara que discute a reforma política aprovou, na madrugada desta quinta-feira, 10, emenda que prevê o distritão para escolha de deputados federais, estaduais e vereadores já nas eleições de 2018 e 2020. Antes disso, a comissão havia aprovado o texto-base da reforma política, que teve como relator Vicente Cândido (PT-SP).

Com o distritão, o estado vira um distrito eleitoral. Com isso, serão eleitos candidatos mais votados, não levando em conta os votos para partido ou a coligação. Assim, a eleição é majoritária, como acontece com a escolha pelo presidente da República, prefeito, governador e senador.

A análise da reforma política, no entanto, ainda não foi finalizada. A partir das 10h desta quinta, a comissão voltará a se reunir para debater outras emendas ao texto de Vicente Cândido. Para o distritão valer nas eleições de 2018/2020, a reforma deve ser aprovada pela Câmara e pelo Senado Federal até setembro deste ano.

Parlamentares do PT, PCdoB, PDT, PR, PSOl, PHS e PRB lançaram na quarta-feira, 9, na Câmara, uma frente ampla contra a aprovação do chamado “distritão”. O líder do PT na Câmara, deputado  Carlos Zarattini (SP), alertou que, diferentemente do que o PMDB e o PSDB afirmam, não há consenso sobre o Distritão.

Para o deputado federal Rubens Otoni a margem apertada da votação para o distritão, 17×15, demonstrou que a discussão está em aberto. “No plenário poderá ser outra história visto que precisarão de 308 votos em 513 para aprová-la definitivamente”, afirmou. Ele ainda ressaltou, “o distritão é um desastre para o debate de projetos e para o fortalecimento da visão partidária”.

 

 

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