Com Lula, o Brasil fortalecia o SUS, investia em saúde e cuidava do povo

Uma doença respiratória se espalhava pelo mundo no mês de março e, em maio, chegou ao Brasil. Quatro meses depois, o governo federal havia investido R$ 2,1 bilhões na aquisição de imunizantes, insumos, material de diagnóstico, equipamento de hospitalização e ampliação dos leitos de UTI, além de determinar a ampliação de turnos nas unidades da saúde. Com o histórico negacionista de comportamentos do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, parece até história de algum país estrangeiro. Mas tudo isso aconteceu no Brasil, em 2009, durante o surto causado pela H1N1. Com Lula, o Brasil fortalecia o SUS, investia em saúde e cuidava do povo.

Não se trata aqui de comparar os impactos causados por cada um dos vírus, mas da pronta resposta e das prioridades do governo federal em cada um dos momentos. Entre 2003 e 2016, durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, as políticas de saúde eram integradas dentro de um projeto de combate à desigualdade que pautava as ações do Estado. Era mais do que ampliar o investimento nos serviços de Saúde, mas também criar uma rede de atendimento universal, gratuita e altamente eficiente. Ou, como diz Lula, cuidar do povo.

Essa escolha política foi feita e as despesas com ações e serviços públicos de saúde cresceram acima da inflação, passando dos R$ 64,8 bilhões investidos no primeiro ano do governo Lula para R$ 120,4 bilhões no último ano de governo Dilma.

Quando eu era presidente, surgiu a gripe H1N1. Em três meses a gente vacinou 83 milhões de pessoas. O país tem cultura de vacina, mas tratavam o SUS como se não valesse nada, a televisão só mostrava desgraças. Veio a pandemia e começaram a enxergar o valor do SUS e dos funcionários do SUS, que trabalham com salário baixo mas se dedicaram contra a vontade do governo, contra a vontade desses negacionistas, para salvar o povo.

Lula em discurso na plenária popular em Juiz de Fora (MG)

Pela primeira vez em década, o governo federal cumpriu o patamar mínimo de investimentos em saúde, fazendo o orçamento saltar de menos de R$ 30 bilhões em 2003 para R$ 105 bilhões em 2016, um aumento real de 111%.

Samu foi criado por Lula em seu segundo ano na Presidência. De lá até 2016, 3.049 municípios de todos os estados brasileiros já haviam recebido 2.525 ambulâncias básicas, 583 UTIs móveis e 185 centrais de regulação, cobrindo nada menos que 75% da população brasileira. Após o golpe contra Dilma Rousseff, o programa teve sua expansão interrompida.

Já o Farmácia Popular marcou o primeiro ano do governo Dilma, com uma estratégia tão simples quanto eficaz. As pessoas passaram a ter o direito de adquirir medicamentos essenciais nas farmácias de graça e o governo economizava, porque, assim, reduzia o número de internações, muito mais custosas ao SUS.

Em 2013, Dilma criou o Mais Médicos e resolveu um problema histórico no Brasil: a falta de doutores nas periferias das grandes cidades e no interior do país. O programa contratou 18.240 profissionais, que atenderam 63 milhões de brasileiras e brasileiros. Em 2016, quase metade dos municípios brasileiros só tinham médicos contratados pelo programa, que, mesmo assim, foi alvo de desmonte até ser extinto por Jair Bolsonaro. Paralelamente, o país triplicou, entre 2013 e 2016, o número de vagas para médicos da família em cursos de residência, e mais de 60% das vagas criadas em cursos de medicina foram destinadas a cidades do interior.

Quando há mais emprego, garantia de cuidado para as pessoas que mais amamos e a saúde está em dia, a alegria toma conta de qualquer pessoa. Para que o país todo pudesse sorrir ainda mais, os governos do PT criaram o maior programa de saúde bucal do mundo, o Brasil Sorridente. O número de equipes do programa cresceu de 4.261 para 24.467, implantadas em 5.014 municípios (90% do total), com cobertura de 37% da população, ou seja, mais que o dobro do atendido anteriormente.

Tudo isso, somado à implantação das Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) criou uma rede inovadora para os atendimentos de urgência e emergência. As UPAs atuam de forma integrada ao sistema de atenção básica e ao SAMU. Cerca de 97% dos casos podiam ser resolvidos na própria UPA, o que ajudou a evitar a sobrecarga dos hospitais e garantir atendimento de qualidade a todos.

A saúde da família teve uma imensa valorização, com aumento de 222% nos recursos entre 2003 e 2015, o que fez a cobertura dos agentes subir de 33% para 69% nesse período. Com isso, fatores essenciais de prevenção como a cobertura de vacinação infantil e as consultas pré-natal foram ampliadas, reduzindo drasticamente a necessidade de hospitalização de mulheres e crianças. Justamente duas das condicionalidades do Bolsa Família, um programa que servia como passaporte para o acesso a direitos.

Nenhum dos milhares de gráficos que mostram a queda de investimentos na área desde o golpe que tirou do poder a presidenta Dilma, nem qualquer indicador dão conta do tamanho da dor que o desmonte dessas políticas trouxe ao país. Mais de 670 mil pais, mães, avós, filhos e amigos – do que se tem notícia – deixaram de voltar para casa, vitimados pela pandemia de covid-19. Não causa espanto que o Brasil tenha sido considerado o país que pior respondeu à pandemia do novo coronavírus em todo o mundo, sem que o presidente jamais derrubasse uma lágrima, demonstrasse solidariedade ou cuidasse do povo que o elegeu. O sistemático desmonte de uma série de políticas cobrou seu preço.

É importante que a gente diga em alto e bom som: o nosso presidente definitivamente não está preocupado com a saúde do nosso povo, ele está preocupado com a pirotecnia que ele consegue fazer todo dia no chiqueirinho dele.

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