Após anos de espera, finalmente a Ferrovia Norte-Sul estará operando totalmente até o final do primeiro semestre, unindo São Luis do Maranhão (MA) à Estrela D’Oeste (SP).
A Rumo Logística anunciou a entrega do último trecho que faltava da ferrovia, de cerca de 50 quilômetros, entre os municípios goianos de Goianira e Ouro Verde, até o mês de junho.
Com isso, novos terminais de carga serão construídos entre Anápolis e Porto Nacional (TO), em parceria com a iniciativa privada, o que deve acelerar a migração do modal rodoviário para o ferroviário no transporte de produtos como grãos, minérios, combustíveis e fertilizantes nos próximos anos.
Vale lembrar que o primeiro trecho da Ferrovia Norte-Sul foi inaugurado em 2014, pela então presidenta Dilma, ligando Anápolis até Porto Nacional-TO e, daí, até o Porto do Itaqui, no Maranhão.
O trecho que vai de Santa Helena de Goiás até a Malha Paulista já está concluído e faltam menos de 300 km que é a parte que liga a cidade de Anápolis a Santa Helena de Goiás.
Sabendo disso, em fevereiro, o deputado Rubens Otoni realizou uma visita à obra do trecho Anápolis-Santa Helena de Goiás, que também tem a previsão para ser entregue até o final desse semestre.
“Fui ao local das obras, falei com o engenheiro responsável, para
garantir que ela seja entregue o mais rápido possível. Queremos que a Ferrovia Norte-Sul funcione na sua totalidade. Desde o Porto de Santos, no litoral paulista, até o Porto do Itaqui, no Maranhão”, completou Otoni.
Futuro promissor para ferrovias
Novos ramais ferroviários em Goiás são planejados Para colocar a Ferrovia Norte-Sul em plena operação. O diretor de Novos Negócios da Rumo Danilo Veras, informou que a empresa já investiu cerca de R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante na Malha Central.
No trecho entre Palmeiras e Santa Helena, a concessionária informa que recuperou 180 quilômetros de infraestrutura ferroviária, por meio de intervenções como aterros e drenagens de solo.
Os trilhos da Malha Central unem Goiás aos estados de Tocantins, Minas Gerais e São Paulo. O trecho que está em operação transporta produtos como grãos e combustíveis, saindo dos municípios de Rio Verde e São Simão, que têm grande demanda para o transporte de cereais, leguminosas e derivados.
“Essa é uma obra muito importante para a economia brasileira e que, infelizmente, por causa da má administração do governo anterior foi paralisada, em diversos pontos, várias vezes”, salientou Rubens.