Como já dissemos, 2021 foi penoso para os brasileiros, mas trouxe importantes conquistas, como a confirmação da inocência de Lula e a declaração de suspeição de Sergio Moro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E não há como esquecer que este foi também o ano em que os brasileiros foram às ruas gritar alto: Fora Bolsonaro!
Em 29 de maio, a indignação dos brasileiros ultrapassou o limite dos protestos feitos dentro de casa. Mesmo diante da pandemia de Covid-19, a população percebeu a necessidade de reagir com firmeza a um governo que trabalhou em favor da morte, espalhando o vírus e atrasando a vacinação de propósito e negando um auxílio emergencial digno, permitindo o aumento da fome.
Assim, as ruas de mais de 200 cidades do Brasil e do exterior foram ocupadas por manifestantes que não dispensaram o uso das máscaras, do álcool em gel e do distanciamento sempre que possível. Nos gritos de ordem e nas faixas e cartazes, três principais reivindicações: vacinas, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e o impeachment de Bolsonaro.
Foi como resumiu o deputado Rubens Otoni (PT-GO) que discursou no Ato na Praça Cívica, em Goiânia: “Quando o povo sai ás ruas para protestar mesmo em tempos de pandemia, é sinal que o governo é mais perigoso que o vírus. Vamos ocupar as ruas para defender vacina para todas as pessoas, para garantir emprego e para quem não tem emprego, pelo menos garantir auxílio emergencial decente. Sabemos que para isso é preciso tirar o grito que está entalado na nossa garganta: FORA BOLSONARO!”
Os protestos continuaram, cada vez maiores. A Frente Fora Bolsonaro chamou e a população voltou às ruas em 19 de junho, mesma data em que o Brasil atingiu a triste marca de meio milhão de mortos por Covid-19. Nesse dia, os protestos já ocorreram em mais de 400 locais. Os atos seguintes foram em 3 e 24 de julho, quando o movimento atingiu seu auge, reunindo mais de 600 mil pessoas em cerca de 500 cidades brasileiras e do exterior (veja vídeo abaixo).
Ainda foram realizadas manifestações contra Bolsonaro em 7 de Setembro, em apoio ao tradicional Grito dos Excluídos, 2 de outubro e 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Mesmo sendo um claro desejo da maioria da população, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não colocou em votação nenhum dos mais de 150 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que manteve sua base de apoio em troca de bilhões de reais via orçamento secreto.
Mesmo assim, os protestos contra Bolsonaro devem ser lembrados como um importante capítulo da resistência dos brasileiros contra um governo desumano, que preferiu preservar uma política econômica neoliberal a defender a vida de seu povo. Que permitiu a volta da fome, do desemprego, da carestia dos alimentos e do gás de cozinha.
Esses atos certamente prepararam o espírito dos brasileiros para um 2022 que será de muita luta e muita rua, até que o Brasil recupere sua democracia e se livre de um presidente que não esconde o desejo pelo autoritarismo. Como disse Lula, ao dar uma palestra no renomado Instituto SciencesPo, em Paris, em novembro passado: “Quem vai poder dar impeachment é o povo brasileiro, democraticamente dizendo ‘chega, este país merece gente melhor’”.
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